quinta-feira, 19 de maio de 2011

Usiminas quer dobrar seu valor de mercado

Usiminas faz planos de dobrar seu valor de mercado

Enquanto há no mercado especulações sobre uma possível venda ou mesmo a entrada de um novo sócio na Usiminas, a siderúrgica traça ambiciosos planos de valorização da marca em um planejamento de longo prazo. A empresa quer atingir valor de mercado de R$ 50 bilhões até 2015, 127% acima do atual patamar, de R$ 22 bilhões, e prevê investimentos e otimização dos procedimentos para isso.

Energia, agregação de valor, diversificação do mix de produtos, novos equipamentos e mineração são setores que devem receber grandes investimentos nos próximos quatro anos. Segundo o presidente da Usiminas, Wilson Brumer, a empresa prevê a construção de uma pelotizadora de minério de ferro em Minas Gerais, em local ainda não definido, que receberá aportes de US$ 1 bilhão. “Para viabilizar o projeto, procuramos um sócio estratégico”, disse o executivo sem acrescentar mais detalhes, apenas de que a capacidade produtiva seria de 7 milhões de toneladas, o suficiente para atender à demanda da Usiminas e com sobras para exportar.

Nesta quarta-feira, em Ipatinga, a siderúrgica inaugurou nova linha de produção de aços galvanizados (quando o produto se torna mais resistente pela aplicação de zinco puro ou de liga zinco-ferro) em sua subsidiária Unigal. O investimento de R$ 914 milhões já faz parte desses planos de diversificação de negócios, embora também tenha como foco atender ao setor automotivo. “Temos interesses em crescer como fornecedores de aço para setores como construção civil, linha branca (geladeira e fogão), naval e petróleo e gás. Setores que pedem aços mais especiais”, disse. Instalada em uma área de 25 mil metros quadrados, a nova linha traz inovações tecnológicas que permitem ampliar o mix de produtos com alto valor agregado para atender aos mercados interno e externo.

Hoje, a Usiminas concentra 70% de suas vendas no setor automotivo. Pretende equilibrar esse percentual com outros setores nos próximos anos. “Os setores naval e de petróleo e gás devem ser os mais demandantes nos próximos anos”, completa o executivo.

Dentro dos planos de expansão de seu valor de mercado, estão investimentos em matriz energética. Hoje, a Usiminas produz apenas um quinto da energia que consome e quer ser autossuficiente. A empresa pretende construir uma termelétrica em Cubatão, onde fica sua subsidiária Cosipa, e não descarta a aquisição de ativos no setor de energia. Além disso, a siderúrgica quer ampliar a produção de coque e otimizar a usina de Ipatinga, mas Brumer não entrou em detalhes sobre esse último projeto. Questionado sobre os rumores de venda da Usiminas, disse apenas que tudo que esta sendo feito pela administração visa trazer resultados para o acionista e tornar a empresa mais competitiva.

Presente na solenidade que marcou a expansão da Unigal, o governador Antonio Anastasia elogiou a postura da Usiminas em agregar valor ao produto, o que gera mais emprego e renda para o Estado. Ele prometeu também lutar para resolver os gargalos de infraestrutura, sobretudo a BR-381. “Temos a promessa da presidente Dilma em duplicar a rodovia. Vamos cobrar”, disse.

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