terça-feira, 2 de novembro de 2010

Minhas Orações

Meus amados amigos e irmão, um dia junto com 98 amados irmão em alto timbre expressei do fundo do meu coração o seguinte juramento: “Incorporando-me a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais  prometo, cumprir rigorosamente as ordens das Autoridades a que estiver subordinado; respeitar os superiores hierárquicos; tratar com afeição os irmãos de armas e com bondade os subordinados; DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA CUJA HONRA INTEGRIDADE E INSTITUIÇÕES, DEFENDEREI COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA”, e e outros juramentos foram feitos por min, hoje fora da carreira policial, porém ainda servindo a pátria, rezo todos os dias, e ao transpor o portão do presidio, faço a seguinte oração.

Oração do policial
Senhor,
Deste-me a missão de proteger famílias,
olhai pela minha enquanto cumpro minha árdua missão.
Dai-me hoje Senhor:
Astúcia para perceber;
Coragem para agir;
Serenidade para decidir.
Permita Senhor!
que em frações de segundos, possa decidir com justiça,
o que outros levarão horas para analisar e julgar;
Que os ignorantes compreendam minhas limitações e a complexidade do meu serviço;
que eu tenha sempre a certeza do retorno ao aconchego do meu lar;
que eu ande pelo vale da morte sem ser molestado,
mas se acontecer, não me deixe entrar em desespero;
e que meu inimigo seja meu precursor
Mas, se tombar, ó Senhor!
Que aconteça rápido,
e que seja cravado na sociedade,
que minha missão foi cumprida com
“DIGNIDADE, ACIMA DE TUDO!”
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS!!!
AMÉM!!!

“Senhor, eu devo ser humilde e anônimo mas, como conseguir Senhor – sem a Vossa ajuda – livrar-me da vaidade da missão cumprida, do orgulho da consciência imperturbada? Sei ainda, Senhor, que no cumprir das minhas tarefas, irá aguardar-me, comumente, a incompreensão e o inconformismo de muitos daqueles por quem veio, e pelos os quais hei de assistir a agonia do companheiro-guardião mais próximo de meu coração, imbuído ele, como eu, dos mesmos ideais que foram aceitos com destemor em dia solene e inesquecível.
Fazei então Senhor, nesses instantes amargos e depressivos que tornam obscuros por densa cortina d’água, os meus olhos e minhas mãos procuram, debalde, ensangüentadas, estancar o fluído vital que se esvai e levará consigo o último estertor do amigo que eu assistir acabrunhado, que não me revolte eu, ou me deixe dominar pela ira e pela irracional sede de vingança.
Fazei, Senhor, que eu me recorde de tudo aquilo que me foi ensinado, tornando-me mais humano e menos mortal que os outros homens e disciplinarmente, compreenda e acate os Vossos desígnios.
Dai-me Senhor – por acréscimo – as qualidades que necessito para compartilhar da dor alheia e entender a tragédia humana dentro dos seus reais limites, jamais permitindo o ingresso de alguém numa trilha quase sempre sem retorno.
Dai-me Senhor, ainda, a vitalidade perene da minha consciência, através da lucidez, do equilíbrio de atitudes, da sensatez, da firmeza, da determinação, da coragem, da fé nos destinos maiores do ser humano e de toda a humanidade, para que eu jamais hesite ou retroceda ante o dever, esteja ausente do combate quando minha presença se fizer necessária no instante-momento, relâmpago-espaço, da decisão e da ação em defesa daqueles a quem dedico minha efêmera existência.
Finalmente, Senhor, dai-me – mesmo nos momentos de repouso – o cansaço da reflexão, que me amadurecerá o espírito, o dom da autocrítica, que impedirá o embotamento de meus sentidos e o adormecimento do meu alerta interior... para quando... em chegada a minha hora derradeira e em Vossa Presença, possa afirmar sentidamente que fiz tudo que me fôra possível fazer.
E – quem sabe? – Senhor, perceber o Vosso magnânimo sorriso e o leve toque de Vossas mãos divinas sobre minha cabeça compungida, a dizer-me que eu levante o rosto e Vos encare, pois fui um justo na face da terra..."

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